terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Crise na Mangueira

Uma visita do deputado estadual e secretário de Esportes do Rio, Chiquinho da Mangueira, na tarde desta segunda-feira (16), no barracão da Estação Primeira de Mangueira, causou mal-estar entre os dirigentes e outros componentes da escola. Chiquinho teria dito, no fim de semana, que daria um choque de ordem na agremiação para superar o atraso na confecção de adereços e finalização dos carros alegóricos a menos de uma semana do carnaval.Numa decisão emergencial, foi montado um mutirão com o reforço de pelo menos 60 pessoas para trabalhar em 24 horas sem parar. O clima ficou tão tenso que chegou-se até a cogitar a demissão do carnavalesco Roberto Szaniecki, mas ele continuou trabalhando normalmente no início da noite. Saiba mais Depois de se reunir por mais de uma hora com o secretário em sua sala, Chininha, presidente da escola, levou Chiquinho para mostrar o andamento dos trabalhos no barracão. Do terceiro andar, ela foi detalhando como estava o acabamento dos carros, enquanto Chiquinho mostrava cara de desagrado. Chiquinho representaria ex-presidentes. Ao fim da inspeção, Chiquinho contemporizou. “Ao contrário do que se disse, o Alvinho (Álvaro Caetano, ex-presidente da escola) não está assumindo a Mangueira. Ele está colaborando com os trabalhos”, afirmou Chiquinho. “O que eu falei é que o barracão está atrasado e que precisava que gente, mangueirenses, se juntasse num mutirão para transformar sete dias em 14”, acrescentou. G1 Trabalho no barracão está a todo vapor para recuperar o atraso (Foto: Aluizio Freire) Chiquinho estaria representado um grupo formado pelos ex-presidentes Alvinho, Elmo José dos Santos, além de Édson Marcos e Amaury. Equipes cedidas pelo presidente do Boi da Ilha, Cadu Zugliani, que já terminou o trabalho de barracão, também estariam colaborando. “São alguns aderecistas que estão prestando um serviço à Mangueira”, disse, embora a escola tenha negado a ajuda. Chininha admitiu que essa intervenção pode mexer com o ego de alguns componentes, mas não desestabiliza a equipe. “Vamos trabalhar com mais empenho ainda e mostrar a nossa força na avenida”. Escola ficou em 10º lugar no ano passado. No ano passado, depois de enfrentar uma série de problemas, a Mangueira ocupou a 10ª colocação no carnaval. A crise começou com a renúncia do presidente Percival Pires após homenagear um traficante. Em seguida, vieram acusações de venda do posto de rainha de bateria e brigas do então presidente da bateria, Ivo Meirelles, e até a descoberta de uma passagem secreta na quadra que, supostamente, serviria a traficantes.
Fonte: Globo.com

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