quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Conheça um pouco da história de David do Pandeiro, novo intérprete da Unidos do Viradouro

Carioca David do Pandeiro começou no carnaval a cantar sambas de quadra na Estação Primeira de Mangueira. Daí sua admiração pelo mestre Jamelão. Porém, sua influência mais explícita é o jeito de animador e “enterteiner” de Dominguinhos do Estácio, a quem considera seu padrinho musical e seguidor, de quem afirma herdar o gosto pelos gritos de empolgação. Alguns críticos o vêem como um mero imitador de Dominguinhos. O apelido surgiu porque David também foi músico de serestas, junto com Mané do Cavaco. Como tocava pandeiro, virou o “David do Pandeiro”. Considera que cantar é uma dádiva de Deus, já que nunca fez curso de canto nem coisa semelhante, no entanto, sua afinação é garantida por tocar cavaquinho e violão.
O intérprete também teve passagens nos carnavais de Manaus, Guaratinguetá (SP) e na Bahia. Também foi apoio de Jamelão, na Mangueira, de Ney Vianna, na Mocidade (esteve no desfile de 1985, “Ziriguidum, 2001), Tupy de Brás de Pina, São Clemente, Grande Rio e Unidos de Lucas. David do Pandeiro começou a ter maior visibilidade quando assumiu a vaga de puxador da Estácio em 1996, após a demissão de Dominguinhos pela diretoria da escola. Depois passou pela Unidos da Tijuca, retornou à Mocidade e Imperatriz. Foi demitido da Imperatriz às vésperas do carnaval de 2004, por não ter honrado os compromissos profissionais firmados com a escola. Deveria puxar o samba da Santa Cruz em 2005, mas foi substituído pelo novato Daniel Silva. É um dos puxadores preferidos pelos compositores para defender sambas nas eliminatórias.
No carnaval de 2005, David do Pandeiro puxou a Flor da Mina do Andaraí, escola do Grupo C do Rio. Para 2006, chegou a ser confirmado na Grande Rio, escola que já defendera em 1992. Porém, acabou dispensado pela escola. Desde 2007, defende a Santa Cruz na Sapucaí. David foi contratado pela verde-e-branco após defender nas eliminatórias o samba campeão para o carnaval 2007. Em 2008, interpretou o samba da Santa Cruz na avenida, mesmo após uma recente internação no CTI motivada por uma hipertensão.
David do Pandeiro lembra seus dois momentos mais marcantes na Marquês de Sapucaí. Em 1992, quando assumiu a vaga deixada por Dominguinhos do Estácio na Grande Rio, e defendeu “Águas claras para um rei negro”. A escola foi campeã e subiu para o Grupo Especial. O outro, em 1999, na Unidos da Tijuca, também no Grupo A, interpretou o antológico “O Dono da Terra”, considerado por muitos como o melhor samba dos últimos tempos, depois de “Os Sertões”.

INÍCIO: Estação Primeira de Mangueira, cantando sambas de quadra em 1980. Foi apoio de Jamelão (Mangueira), Ney Vianna (Mocidade 1985-1989) e de Dominguinhos do Estácio na Grande Rio (1990-1991) e na Estácio (1992-1995).


Primeiro ano como intérprete oficial: 1989
1989 - Tupy de Brás de Pina
1992 – Acadêmicos do Grande Rio
1993 – Unidos de Lucas
1995 - Villa Rica
1996 e 1997 – Estácio de Sá
1998 - São Clemente
1999 e 2000 – Unidos da Tijuca
2001 – Mocidade
2003 – Imperatriz Leopoldinense (David gravou o samba da Imperatriz de 2004 no CD, mas não o puxou na Sapucaí)
2005 - Flor da Mina do Andaraí
Desde 2007 - Santa Cruz
GRITO DE GUERRA: Arrebenta, (nome da escola)!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: “arrebenta, bateria”; “plim”; “diz de novo”; “hei... hei... hei... hei...” (semelhante aos do Dominguinhos do Estácio).
Possui um prêmio Sambanet de melhor intérprete do Grupo A de 1999, quando defendeu a Unidos da Tijuca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário