Apenas Beija-Flor e Mocidade alteraram uma palavra em seus sambas. Neguinho agradece orações e Alcione emociona Mangueira. Imperatriz terá Fundo de Quintal. Lançamento é dia 17 de novembro. O preço indicado para venda é R$ 20. O lançamento oficial do disco será no mesmo dia, na Cidade do Samba, apenas para convidados.
Está no forno CD dos sambas-enredo do Grupo Especial 2009. Das 12 escolas, apenas Mocidade e Beija-Flor fizeram pequenas mudanças nas letras de suas obras. As maiores alterações foram nos tons e melodias dos hinos, que foram adequados aos intérpretes oficiais. A Beija-Flor trocou as palavras "pura inspiração" por "purificação" na frase "Fonte da vida pura inspiração". Neguinho da Beija-Flor, intérprete da escola, gravou o samba no sábado passado. Mesmo fazendo tratamento para a cura de um câncer, o cantor fez questão de deixar sua voz registrada. A homenagem de sempre a Anísio Abraão David, patrono da azul-e-branco, continua: "Alô papai!". A saudação para comunidade nilopolitana também não foi esquecida. Um dos momentos emocionantes será o agradecimento que o intérprete faz ao mundo samba. - Agradeço a Deus e a todos que rezaram e continuam orando pela minha recuperação. Digo rezando para os católicos e espíritas e orando para os evangélicos - conta, bem humorado, o cantor. No samba da Mocidade foi trocada a palavra "literário" por "literato". Foi a única alteração, de acordo com o compositor Jefinho. A Mangueira, segundo o compositor Gusttavo Clarão, não mudou a letra da sua obra, nem a melodia. A emoção será mais forte na participação que Alcione faz no refrão do meio. - Muita gente chorou no estúdio quando a Marrom cantou - relembrou Clarão. Outra parte da gravação também promete mexer com o coração dos mangueirenses. Se a família de Jamelão autorizar, a faixa da verde-e-rosa terá o "Minha Mangueira!", sempre cantado pelo intérprete. A Grande Rio promete levar um trecho da melodia do hino francês para o início da sua gravação, já que o país é o enredo. E a Imperatriz Leopoldinense, que fará homenagem para Ramos, bairro onde está sua sede, contou com a participação especial do Fundo de Quintal, também originário da região da Leopoldina, no seu samba. O Salgueiro mudou o tom e a melodia do samba-enredo "Tambor". A vermelha-e-branca prepara uma homenagem (para mestre Louro) e efeito especial, mas tudo em sigilo. No samba da Unidos da Tijuca, o intérprete Bruno Ribas fez um alusivo no trecho "Além das estrelas o monte de Zeus/Horizonte de meu Deus, Oxalá". A Portela mudou a melodia nas duas primeiras linhas do refrão do meio: "Meu coração guerreiro, É raça, é filho desse chão...". A Porto da Pedra e Vila Isabel preferiram não mexer nas suas obras. O Império Serrano está reeditando o samba "Lenda das sereias, mistérios do mar" e não teria motivo para alterar o samba. Na obra da Viradouro, o compositor Heraldo Faria bem que tentou fazer um agradecimento ao presidente Marco Lira, mas, pelo que ele disse, a produção do disco não permite este tipo de citação nas gravações. Assim, ficou apenas o já tradicional "Meu presidente".
Fonte: SRZD - Carnavalesco
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